Carlos Fernandes e Valter Cardoso sagram-se campeões
“Apesar das difíceis condições climatéricas, testamos tudo ao limite. Pilotos e organização foram testados. E é caso para dizer que a prova foi superada. A partir de agora, estamos preparados para qualquer desafio” – garantia deixada pelo presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar, na cerimónia de entrega de prémios. A vice-presidente da Câmara de Baião fez questão de realçar que “a união representa mais força, como prova este rali que une os dois municípios. Apesar da chuva e do nevoeiro, correu tudo bem”, mencionou Ivone Ribeiro.
A satisfação com o Rali Amarante Baião foi unânime. Os pilotos revelaram-se agradados com o percurso pelos míticos troços de Amarante e Baião.
A prova foi organizada pelo Clube Automóvel de Amarante, pontuável para o Campeonato de Ralis FPAK e Taça de Ralis FPAK de Terra. A dupla Carlos Fernandes e Valter Cardoso sagrou-se campeã, ao volante de um Mitsubishi Lancer EVO VI, com uma vantagem de 1 minuto e 38,3 segundos sobre Pedro Antunes e Alexandre Rodrigues que tripulavam um Peugeot 208 R2, de apenas duas rodas motrizes. A mais de dois minutos da dupla vencedora, ficaram Luís Mota e Alexandre Ramos, também com um Mitsubishi Lancer.
Tratando-se de uma prova de final de época, em que praticamente tudo estava decidido, conseguir atrair 32 pilotos revela o interesse que esta prova conseguiu originar. E só mesmo a chuva e o nevoeiro foram capazes de provocar algumas desistências. De realçar a prestação dos pilotos amarantinos apoiados pelo Município de Amarante.
António Costa exalta o apoio do Município de Amarante: “foi importantíssimo para eu estar presente nas 4 provas do Campeonato e para evoluir como piloto. Os resultados acabaram por aparecer”. Para quem, como António Costa, anda todo o ano a correr pelo país inteiro, fazer um rali em casa tem um significado especial. “Fechamos com chave de ouro! Conseguimos alcançar o 3° da Geral e 1° das 2 rodas motrizes, no Renault Clio R3. Melhor era impossível. O apoio dos amarantinos foi incrível, durante os dois dias de prova. Deu para perceber que há cada vez mais apaixonados pela modalidade e nem o frio e a chuva afastaram os fãs”.
Para João Francisco Vieira é “um orgulho correr em casa! O Clube Automóvel de Amarante conseguiu montar um rali fabuloso, com troços inigualáveis comparativamente a qualquer rali de terra disputado em Portugal e apesar de as condições meteorológicas não colaborarem, o público aderiu em massa”. Como se previa um dia sem chuva, a equipa tinha delineado um “rali ao ataque”, esclarece, contudo, o piso escorregadio que se fazia sentir obrigou a gerir o andamento sem qualquer erro. “Conseguimos! E o resultado espelhou isso mesmo, um 9º lugar à geral, e um fabuloso 3º lugar na classe”. O piloto lembra ainda que os critérios para a definição da classe os colocaram numa “luta completamente desequilibrada”. João Francisco Vieira defende que seria “de todo impossível alcançar o Pedro (Antunes – 208 R2) ou o Hugo (Mesquita – C2 R2)” e termina elogiando o papel interventivo do Município de Amarante.
Na categoria X5, equipas da região de Baião/Amarante dominaram praticamente todo o pódio. Vítor Pascoal e Pedro Alves conquistaram o primeiro lugar.
Ricardo Matos e o navegador Carlos Matos falam num regresso muito especial aos ralis, em que as condições climatéricas adversas tornaram os troços de terra muito escorregadios e traiçoeiros. O piloto de Amarante conseguiu, ainda assim, terminar em 3º lugar do Grupo X5. “Para um amarantino como eu é muito especial percorrer troços e locais como a Aboboreira, o gancho da Sapinha, o gancho dos 4 Caminhos e tantos outros sítios repletos de gente a puxar por nós. Ficou mais uma vez provado que Amarante e toda esta região vivem os ralis de forma apaixonada. Nós, enquanto pilotos, só temos de agradecer à Câmara de Amarante pelo apoio ao rali e a todo este público fantástico. Temos muita vontade de regressar a tempo inteiro em 2017”.
A 25 e 26 de novembro o rali Amarante Baião foi para a estrada. A prova teve no total 248 kms, 75 dos quais cronometrados e contou com 7 PEC’s – Provas Especiais de Classificação.