“Parque Florestal de Amarante uma obra Centenária” lançado a 17 de dezembro
Será lançado a 17 de dezembro o livro “Parque Florestal de Amarante uma obra Centenária”. A cerimónia terá lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Amarante. Trata-se de uma obra com 237 fotografias e composta por dois volumes: Volume 1: olhares intemporais de Joaquim Teixeira Pinto, até ao início dos anos 50, e Volume 2: olhares intemporais de Eduardo Teixeira Pinto.
O livro também contém alguns poemas que acompanham as imagens, em que a autoria está na sua maioria dedicada a escritores amarantinos. Destaque, nomeadamente, para poemas de Teixeira de Pascoaes, Manuel Amaral e Sophia de Mello Breyner.
A introdução é feita pelo Engenheiro Carlos Silva, do Parque Florestal de Amarante e o texto de apresentação é da autoria do presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar. O Engenheiro António Gravato, presidente da Fundação Mata do Bussaco, escreve o posfácio.
A iniciativa é da Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto e a edição é da Câmara Municipal de Amarante.
Refira-se que o lançamento deste livro está integrado na comemoração dos 100 anos de Regime Florestal da Serra do Marão, cujas atividades irão acontecer em cada uma das 4 estações do ano. O seminário “Serra do Marão – 100 anos de Regime Florestal” marcou a abertura das comemorações do centenário, que decorreu na Casa da Portela, nos dias 2 e 3 de dezembro. Para as restantes estações do ano, estão pensadas atividades como plantações de árvores em espaços simbólicos, tertúlias, caminhadas e até exposições fotográficas.
No dia da apresentação do livro estará também patente a exposição de fotografias “Parque Florestal de Amarante uma obra Centenária”, nos Paços Perdidos da Câmara Municipal de Amarante.
A 17 de dezembro será também lançada uma edição de postais “Parque Florestal de Amarante uma obra Centenária”, numerada de 200 exemplares. Cada exemplar será constituído por uma caixa com 6 postais, sendo os postais também fotografias do livro.
Joaquim Teixeira Pinto
Nasceu em 26 de agosto de 1903, na freguesia de Bustelo, em Amarante. Casou-se com Adelina da Costa Taveira e teve três filhos, José da Costa Teixeira Pinto, Aristides da Costa Teixeira Pinto e Eduardo da Costa Teixeira Pinto.
O seu gosto pela fotografia surgiu na década de 20 e, em 1930, fundou a empresa «Foto-Arte», situada no centro da cidade de Amarante. A «Foto-Arte» existiu durante cerca de setenta anos e Joaquim Teixeira Pinto dedicou-lhe grande parte da sua vida.
Foi um dos primeiros fotógrafos amarantinos a fazer exposições em vários locais e a participar em concursos nacionais de fotografia, tendo sido distinguido com diversos prémios, entre os quais se destaca o 1.º lugar no I Concurso Fotográfico do Douro-Litoral, em 1944, que se realizou na cidade do Porto.
Faleceu em 1986, deixando um vasto e valioso espólio fotográfico.
Eduardo da Costa Teixeira Pinto
Nasceu na freguesia de S. Gonçalo, Amarante, em 29 de abril de 1933. Filho de Joaquim Teixeira Pinto e Adelina da Costa Taveira. Irmão mais novo de José da Costa Teixeira Pinto e Aristides da Costa Teixeira Pinto herdou do seu pai o prazer de fotografar.
Começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953 em vários salões de fotografia nos cinco continentes. Entre outros países expôs em Portugal, Espanha, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Jugoslávia, Angola, Brasil, Bélgica, Moçambique, Cabo Verde, França, Itália, Macau e Austrália. Dedicou toda a sua vida à arte fotográfica.
A sua longa experiência de toda uma vida e o seu olhar poético sobre a realidade fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX. A sua obra aborda diversos temas, com destaque para a natureza e a figura humana que tão bem soube conciliar. Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de Pintores», «Matinal», «Quietude» e «Tranquilidade», entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro.
Ao longo dos mais de cinquenta anos dedicados à fotografia, conquistou inúmeros primeiros, segundos e terceiros prémios. Foram mais de 150 Menções Honrosas obtidas, além de imensos troféus e medalhas, nomeadamente o Grande Prémio Camões (1960) – uma das mais altas distinções a nível nacional.
Falecido no dia 4 de janeiro de 2009, Eduardo Teixeira Pinto era avesso a homenagens e distinções. Deixou um espólio fotográfico de valor incalculável.
Por iniciativa da Câmara Municipal de Amarante, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardozo, localizado nesta cidade, possui uma sala dedicada à obra de Eduardo Teixeira Pinto, aberta ao público desde setembro de 2011.