Presépio feito em madeira seduz visitantes

Foram precisos seis meses e mais de 200 quilogramas de madeira para dar vida às três figuras do presépio: o Menino Jesus, Maria e José.

À primeira vista pode até não parecer, mas foi, exclusivamente, pelas mãos de Carlos Costa, um amarantino de 49 anos, que nasceu a obra! O presépio está patente ao público no Arquinho. “Lembro-me de ter 18 anos e de ir para o monte ajudar o meu pai a tomar conta dos animais, enquanto pastavam, e de, com uma pequena navalha, ir fazendo alguns trabalhos” – foi assim que esta paixão de Carlos começou. Aos poucos, o talento foi-se revelando. Há 10 anos fez a Senhora das Neves e assim se iniciava na produção de figuras religiosas.

“Até que há uns tempos o meu pai disse-me que precisava de lenha. Decidi então cortar um tronco de madeira freixo, do nosso terreno. E, só depois, dei por mim a pensar que seria boa ideia aproveitar a madeira para fazer as figuras do presépio. Sempre gostei muito de ver presépios e resolvi pôr mãos à obra”.

Meses depois, o resultado está à vista: o São José com 1,62m e 124 quilogramas; a Virgem Maria com 1,60m e 122 quilogramas e o Menino Jesus, com 59 cm e 5 quilogramas. “Por vaidade, a propósito da Festa do Caldo das Coibes, em Rebordelo, decidi expor as minhas figuras. Tive a sorte de o Sr. Presidente da Câmara as conhecer e demonstrar vontade em fazer uma exposição”, revela, orgulhoso, enquanto explica que o presépio foi todo feito à mão, ao longo de vários meses, nos tempos livres. No dia-a-dia, Carlos é carpinteiro e faz urnas funerárias. Mas, no tempo que lhe resta, gosta de “fazer uso da imaginação e da criatividade para obras bem mais alegres”.

E ao que parece, imaginação não lhe falta: “O Sr. Presidente já me desafiou. Para o próximo ano vou fazer a vaca e por aí fora”. Todo o trabalho é feito manualmente e é preciso “uma mão delicada, sobretudo, para trabalhar os detalhes das figuras”. O presépio está em exposição e agora, Carlos, já começa a receber encomendas. “Estou quase a terminar o São Gonçalo de Amarante, todo em madeira, feito à mão”.

Carlos Costa, à semelhança de muitos turistas, também já foi visitar o Presépio. “Ver os meus meninos ali expostos é um grande orgulho para mim”, confessa, comovido!

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