Museu de Arte Moderna Amadeo de Souza-Cardoso reabre com nova identidade e duas exposições
O Museu de Arte Moderna Amadeo de Souza-Cardoso reabriu ao público com uma nova identidade e duas exposições, num momento que o Presidente da Câmara Municipal de Amarante, Jorge Ricardo, classificou como “particularmente feliz para Amarante, para a cultura do nosso concelho e para todos os amarantinos”.
Durante a cerimónia oficial de abertura, realizada a 5 de dezembro, foi anunciada a nova designação do espaço – Museu de Arte Moderna Amadeo de Souza-Cardoso – uma decisão que, segundo o Presidente, reflete uma visão estratégica de futuro.
“Sentimos a necessidade de preparar este espaço para o presente e, sobretudo, para o futuro, porque o nosso Museu é uma peça fundamental na estratégia cultural de Amarante e terá sempre como âncora a exposição permanente das obras de Amadeo de Souza-Cardoso”, afirmou.
Jorge Ricardo deixou ainda uma palavra de reconhecimento à família do artista, sublinhando “o papel fundamental que os seus descendentes têm tido na preservação e valorização da obra de Amadeo na sua terra natal”.
A reabertura faz-se com duas exposições temporárias que assinalam este novo ciclo do Museu. “A Marginália de Amadeo”, com curadoria de Samuel Silva, reúne cerca de 50 obras, incluindo desenhos inéditos, manifestações gráficas e peças do acervo do MASC. Integra o programa da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) e estará patente até 18 de janeiro de 2026.
A exposição “Nadir Afonso: Território de Absoluta Liberdade”, comissariada por Alexandra Silvano, apresenta o percurso artístico de Nadir Afonso no contexto do modernismo europeu e pode ser visitada até 25 de janeiro de 2026.
Segundo o Presidente da Câmara, estas exposições “são uma clara indicação deste reinício, que pretende traçar novos caminhos de crescimento e protagonismo para o Museu”, reforçando a ambição de “aumentar o papel do Museu nas redes nacionais de Museus e de Arte, nomeadamente na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea e na Rede Portuguesa de Museus”.
Na sua intervenção, Jorge Ricardo destacou ainda a dimensão local, nacional e internacional de Amadeo de Souza-Cardoso. “Amadeo sempre foi de Amarante, mas também sempre foi do país e do mundo”, sublinhou, acrescentando que o artista representa “um ativo cultural, turístico e de prestígio para uma Amarante mais integrada e reconhecida internacionalmente”.
O Presidente realçou igualmente o papel da Cultura e da Criatividade na afirmação do território, lembrando que “Amarante é Cidade Criativa da UNESCO na área da Música” e que “a cultura será sempre uma área fundamental no desenvolvimento do concelho”. “Amadeo de Souza-Cardoso faz parte da nossa identidade enquanto território”, concluiu.
As duas exposições integram o projeto “Paisagens Visuais”, aprovado pela Direção-Geral das Artes no âmbito da RPAC, que promove a itinerância de exposições por Lisboa, Vila Nova de Foz Côa, Amarante e Óbidos até maio de 2026.